quarta-feira, 8 de março de 2023
Casa Grande do Engenho Nossa Senhora da Ajuda - Década de 1960
A História
Casarão do Engenho Nossa Senhora da Ajuda, Velho ou Forno de Cal/ Olinda.
O engenho, sob a invocação de N. Sra. da Ajuda, ficava localizado a 03 km do Varadouro de Olinda, subindo o rio Beberibe, ocupando todo o delta do Beberibe (região dos pântanos de Olinda), fazia divisa com o Recife e ia até onde hoje está localizada a sede do município de Paulista. De suas terras vinha toda a água potável para o abastecimento de Olinda e representou, para a história, como sendo a primeira fábrica de açúcar em Pernambuco e a segunda em terras brasileiras.
Borges da Fonseca, tratando do colono Pedro Afonso Duro, na sua Nobiliarquia Pernambucana, diz: "Do livro velho da Sé consta que este Pedro Afonso Duro e sua filha Inês Barbosa, foram padrinhos do batismo de Domingos Fernandes Calabar, tão célebre na nossa história, o qual fôra batizado em 15/03/1610, na ermida do Engenho Velho de Jerônimo de Albuquerque, no lugar a que hoje se dá o nome de Forno da Cal".
Ao que parece, o engenho não persistiu em atividade por longos anos, e estava talvez já de fogo morto no tempo dos holandeses, porquanto, de um minucioso escrito do invasor sob o título de Breve discurso sobre o estado das quatro capitanias conquistadas, datado em 1637, em que vem uma detalhada relação de todos os engenhos de Pernambuco, existentes na época, não figura o Nossa Senhora da Ajuda/Olinda.
O antigo engenho de Jerônimo de Albuquerque entrou no abandono sendo invadido por posseiros que exploravam a cal extraída em formato de pedra, derretida em forno e depois misturada com o barro, conseguindo-se assim uma massa que substituía o cimento. Apesar de ter sofrido vários desmembramentos, foi ainda em suas terras que surgiu o bairro de Peixinhos e a Vila Cidade Tabajara (Ouro Preto) - ambos em Olinda, e o bairro de Beberibe em Recife, entre outros. E ainda, foi na área do antigo Forno da Cal que se construiu a Escola de Aprendizes de Marinheiros, o Matadouro de Peixinhos, o Shopping Tacaruna e o Centro de Convenções de Recife.
Para o escritor Costa (1983) foi a fabricação da cal a atividade que substituiu a produção do açúcar no antigo engenho Nossa Senhora da Ajuda. Ele comenta sobre a abundância de água potável e da vegetação, elementos necessários à implantação da nova atividade. Segundo Fosfato (1956), a exploração do calcário iniciou-se com Matias de Albuquerque (1590-1647), no século XVII.
Durante o século XVIII, o eng. Forno da Cal sofreu processos de meação entre herdeiros, doação a ordens religiosas, bem como sua venda em hasta pública.
Em 1859, o inglês Henry Gibson, convenceu a Câmara de Olinda que iria realizar, às suas custas, alguns projetos onerosos para a cidade se ela lhe aforasse “toda a área pantanosa e alagada; – todos os terrenos adjacentes (terras de arvoredos – segundo Foral) que estivessem nas posses ilegais de terceiros, e finalmente, todos os terrenos aforados cujos foreiros houvessem incidido em comisso.” (Diário de Pernambuco, 1972, pág. 5).
Antiga Casa Grande do Engenho de Nossa Senhora da Ajuda no Atual Bairro de Ouro Preto, na Época do Engenho e da Chegada da Família Costa Azevedo esse Local Pertencia ao Bairro de Peixinhos, na Fotografia do Ano de 1968, A Casa Grande já Estava em Completo Abandono e parte em Ruínas Foi Demolida no Início da Década de 1980, E em 1984 Foi Construída e Inagurada a Torre da Extinta Tv Manchete, a Situação da Torre Atualmente é de Completo Abandono e Vítima de Vandalismo e Saques.
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